Imagens

O impacto das armas sobre a população civil

Um ensaio fotográfico da Fundação Magnum

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Bolsa de Estudos de Fotografia e Direitos Humanos da Fundação Magnum

Das linhas de frente da Ucrânia até as ruas do Quênia, os bolsistas da Fundação Magnum de Direitos Humanos nos oferecem uma perspectiva única sobre questões que têm verdadeira relevância global. Ao folhear estas páginas, você verá os efeitos devastadores das armas e da guerra em populações civis, por meio dos olhos de fotógrafos e fotógrafas documentaristas para quem estar “em campo” significa estar em casa. A diversidade de experiências em nossa rede de bolsistas é extraordinária e, coletivamente, suas imagens nos mostram que a dor e a resiliência são comuns a toda a humanidade.

Nosso bolsista de direitos humanos de 2011, Boniface Mwangi nasceu e cresceu no Quênia. Hoje, ele usa a fotografia para combater a violência e a corrupção política no Quênia, ao mesmo tempo em que promove um movimento cidadão para reconstruir o país. Ele criou espaços criativos e seguros para que os moradores locais possam discutir e se organizar pacificamente, catalisando ações que sejam de fato voltadas para a comunidade. O compromisso com o seu país dá às suas imagens certo peso e astúcia que estão, muitas vezes, fora do alcance de um fotógrafo não nativo.

Nossa bolsista de direitos humanos de 2014, Loubna Mrie começou a fotografar no início da Revolução Síria. Ela se sentiu obrigada a mostrar as atrocidades que o regime de Assad estava infligindo sobre o povo sírio. Loubna se juntou aos rebeldes, obtendo um acesso sem precedentes. Boniface e Loubna, juntamente com Eman Helal, do Egito, Pattabi Raman, da Índia, Anastasia Vlasova, da Ucrânia, e o resto de nossos bolsistas de direitos humanos estão motivados pelo compromisso de testemunhar o que ocorre em seus países, trazendo evidências contundentes e compartilhando perspectivas que muitas vezes passam despercebidas.

Nossos bolsistas se dedicam a encontrar estratégias visuais impactantes criando enquadramentos que expõem e atraem. Em seu trabalho, eles não se limitam a ilustrar; eles interrogam. Eles nos mostram que, com a presença de olhares independentes, inteligentes e críticos no mundo, fotografias podem perdurar como testemunhos, informando e moldando políticas públicas.

Há uma enorme demanda por plataformas que permitam aos jovens fotógrafos regionais aproveitar suas habilidades como contadores de histórias e como ativistas e contribuir com seus países de origem e com outros. O programa de Fotografia e Direitos Humanos da Fundação Magnum oferece uma oportunidade transformadora para que fotógrafos contem histórias em suas comunidades. Por meio de formação profissional e tutoria intensiva, já apoiamos 28 bolsistas de 19 países. Eles continuam a compartilhar seu aprendizado com suas comunidades e com uma ampla rede de colegas e ativistas. Desde o início do programa, há 6 anos, promovemos uma rede global de apoio e infundimos valores de conduta éticos. Estes 28 bolsistas seguem trazendo a público as violações de direitos humanos acontecidas em seus territórios, por meio de uma aprofundada fotografia documental.

Magnum Foundation